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População cada vez mais jovem está sendo atingida pelo AVC

Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou mesmo Acidente Vascular Encefálico (AVE) estão preocupando cada vez mais a população em relação à saúde.

Um caso recente e muito comentado nos últimos dias foi o do treinador do time do Vasco, Ricardo Gomes, o qual foi socorrido durante um jogo de futebol.

De acordo com um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, cerca 106 pessoas são internadas diariamente em hospitais públicos do Estado de São Paulo com AVC ou AVE.

Segundo informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, no ano de 2010 houve 38,9 mil internações por AVC no SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado, número acima das 36,1 mil registradas no ano anterior.

A faixa etária mais acometida pela doença em todo o Estado são os idosos com mais de 70 anos, com 15,9 mil internações no ano de 2010.

“A segunda faixa etária com mais hospitalizações é a de 50 a 59 anos, com 7,3 mil registros. Já as pessoas entre 30 e 49 anos responderam por 5,5 mil internações em 2010”.

De acordo com o médico neurologista da Secretaria, Reinaldo Teixeira Ribeiro, os fatores de risco estão aparecendo cada vez mais cedo na população. “Essa doença era mais comum em pessoas mais velhas, mas a urbanização, o crescimento da população e a alimentação incorreta fazem com que as pessoas mais jovens também sofram de AVC”.

Ele afirma que as principais causas para a ocorrência de derrames são a hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides altos, tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse.

“O estilo de vida urbano atual favorece com que as pessoas sejam estressadas, sedentárias, consumam alimentos ricos em gorduras, fiquem acima do peso e desenvolvam pressão alta e diabetes antes do que acontecia antigamente”.

Além disso, o AVC pode matar ou mesmo deixar sequelas, impedindo a realização de atividades rotineiras, onde o paciente fica dependente dos familiares.

“A doença também pode ocasionar a morte depois de algum tempo, com internações e complicações de outras doenças”.

SINTOMAS

Ele explica que a população deve reconhecer os primeiros sintomas que levem a um AVC, como reconhecem um infarto.

“Os sintomas mais comuns de um AVC são, de modo súbito, boca torta para um dos lados, além de braços e pernas dormentes e dificuldades para falar”.

O médico explica que um Serviço de Emergência deve ser acionado imediatamente. “Existem dois tipos de AVC, o isquêmico, que atinge 80% dos pacientes e o hemorrágico, que atinge 20%”.

O AVC isquêmico é causado por um entupimento de veia. “O paciente que for atendido até 4 horas e meia após os sintomas, tem a possibilidade de se recuperar da doença. Já o AVC hemorrágico é causado pelo rompimento da veia e muitas vezes, precisa de intervenção cirúrgica”.

REGIÃO

De acordo com o neurologista catanduvense, Emílio Herrera Júnior, o AVC é a primeira causa de mortalidade no Brasil dentro da área de neurologia. “Os casos têm aumentado cada vez mais. Na faculdade de Medicina de Catanduva, é uma das principais causas de internação”.

Ele conta que muitos fatores levam ao AVC, como obesidade, pressão alta, além do uso de álcool e drogas, como a cocaína. “Usuários de drogas correm um grande risco de sofrerem um Acidente Vascular Cerebral”.

O AVC considerado mais grave é o hemorrágico e a pessoa pode ficar com sequelas para o resto da vida, podendo até ficar restrita ao leito.

“Uma vida saudável, boa alimentação com menos sal e mais legumes, entre outros hábitos, ajudam a prevenir a doença, além do controle dos fatores de risco”.

Fonte: O Regional

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