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Entenda cada tipos de Diabetes

Diabetes Tipo 1

No diabetes tipo 1, ou insulino-dependente, as células do pâncreas que normalmente produzem insulina, foram destruídas.
Quando pouca ou nenhuma insulina vem do pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue; as células começam a “passar fome” e o nível de glicose no sangue fica constantemente alto. A solução é injetar insulina subcutânea (embaixo da pele) para que possa ser absorvida pelo sangue. Ainda não é possível produzir uma forma de insulina que possa ser administrada oralmente já que a insulina é degradada, no estômago, em uma forma inativa.
Uma vez que o distúrbio se desenvolve, não existe maneira de “reviver” as células produtoras de insulina do pâncreas. O transplante de uma pâncreas sadio ou, apenas, o transplante de células produtoras de insulina de um pâncreas sadio já foram tentados, mas ainda são considerados em estágio experimental. Portanto, a dieta correta e o tratamento com a insulina ainda são necessários por toda a vida de um diabético.
Não se sabe o que causa a destruição das células produtoras de insulina do pâncreas ou o porquê do Diabetes aparecer em certas pessoas ou em outras. Fatores hereditários parecem ter o um papel importante, mas o distúrbio, praticamente, nunca é diretamente herdado. Os diabéticos ou as pessoas com Diabetes na família, não devem ter restrições quanto à ter filhos.

Diabetes Tipo 2

Embora não se saiba o que causa o Diabetes Tipo 2, sabe-se que neste caso, o fator hereditário tem uma importância bem maior do que no Diabetes Tipo 1. Também existe uma conexão entre a obesidade e o Diabetes Tipo 2; embora a obesidade não leve, necessariamente ao Diabetes. O Diabetes Tipo 2 é um distúrbio comum, afetando 5 – 10 % da população.
Todos os diabéticos tipo 2 produzem insulina quando diagnosticados e, a maioria, continuará produzindo insulina pelo resto de suas vidas. O principal motivo que faz com que os níveis de glicose no sangue permaneçam altos está na incapacidade das células musculares e adiposas de usarem toda a insulina secretada pelo pâncreas. Assim, muito pouco da glicose presente no sangue é aproveitado por estas células. Esta ação reduzida de insulina é chamada de “resistência insulínica”.
Os sintomas do diabetes tipo 2 são menos pronunciados e esta é a razão para considerar este tipo de diabetes mais “brando” que o Tipo 1. O Diabetes Tipo 2 deve ser levado a sério, embora seus sintomas possam permanecer desapercebidos por muito tempo, uma vez que pode por em sério risco a saúde do indivíduo.

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional é uma patologia que acomete subitamente mulheres não-diabéticas que engravidam.
No Diabetes Gestacional, a mulher desenvolve o Diabetes somente durante a gestação porque produz uma quantidade insuficiente de insulina para ela e seu bebê.
Ao término da gestação, a mulher volta ao seu estado normal de produção de insulina. Isto ocorre porque, neste período, a placenta produz substâncias que bloqueiam a ação da insulina, o que pode provocar a elevação de glicose.
Mas não é preciso se alarmar. Essa é uma situação passageira em sua vida e seu bebê vai se desenvolver normalmente se forem seguidas todas as recomendações do seu médico.
Ao término da gestação a mulher volta ao seu estado normal e vai experimentar a emocionante tarefa de ser mãe.

Fatores de risco
• Idade acima de 30 anos;
• Obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação;
• Parentes próximos com Diabetes;
• Gestação anterior com bebê pesando mais que 4 Kg ao nascer;
• Aborto ou morte fetal anterior (não-esclarecidos);
• Tratamento para “Pressão alta” ;
• Diabetes presente em gestações anteriores;
• Presença de glicose na urina.

Sintomas
• Urinar muito
• Ter sede exagerada
• Comer muito
• Perda ou aumento exagerado de peso
• Cansaço, fraqueza e desânimo.
OBS: O diabetes gestacional pode estar presente mesmo sem que a mulher apresente quaisquer desses sintomas

Conseqüências do aumento anormal da glicose para a mãe e o bebê
• Macrossomia – a criança cresce muito e pode nascer pesando mais que 4 Kg;
• Parto cesariano em função do tamanho da criança ;
• Bebê com hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue);
• Morte fetal intra-útero;
• Infecções urinárias freqüentes na gestação;
• Parto prematuro em função de excesso de líquido amniótico no útero, causando, inclusive, aumento exagerado da barriga e do peso corporal.

Quando o Diabetes Gestacional for diagnosticado, seria ideal o acompanhamento de uma equipe composta por médicos obstetra e endocrinologista, nutricionista e enfermeira. Caso contrário, siga corretamente as instruções do seu médico.
Mantendo os níveis de glicose em valores normais, a gestante evita todas as conseqüências do Diabetes Gestacional.

Diabetes Mody

O que é diabetes tipo Mody?
A diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) é um subtipo da diabetes Mellitus, caracterizado por manifestação precoce (em geral abaixo dos 25 anos de idade) e com transmissão autossómica dominante (determinada em pelo menos três gerações). Corresponde a um defeito primário na secreção da insulina, associada a disfunção na célula β pancreática.
Assim, as premissas necessárias para o diagnóstico de diabetes tipo MODY são:

Diagnóstico efetuado antes dos 25 anos de idade em, pelo menos, um membro da família.

Transmissão autossómica dominante com, pelo menos, 3 gerações atingidas pela diabetes.

Capacidade de controlo da diabetes sem recurso à insulinoterapia (e sem desenvolver cetose) durante um período de, pelo menos, 2 anos ou níveis significativos de péptido C.

De acordo com vários estudos realizados, a diabetes tipo MODY, corresponde a uma condição monogénica de elevada penetrância, no entanto com uma elevada heterogeneidade a nível clínico. Esta heterogeneidade permitiu, até ao presente a determinação de vários subtipos de diabetes tipo Mody, conhecendo-se atualmente seis genes responsáveis pelo desenvolvimento da doença, permitindo a sua classificação em seis subtipos distintos: MODY 1, MODY 2, MODY 3, MODY 4, MODY 5 e MODY 6. É importante referir que deverão existir outros genes, ainda não identificados, que sejam responsáveis pelo desenvolvimento de outros subtipos de diabetes tipo MODY, comummente referidos como MODY X.
A diabetes tipo MODY, descrita pela primeira vez em 1974, atinge cerca de 2% (1-5 %) do total de doentes diabéticos. Admitindo que em Portugal existem 600.000 doentes diabéticos, cerca de 12.000 destes doentes teriam aquele tipo de diabetes. Contudo, grande parte desses doentes acabam por ser classificados como diabéticos tipo 1 ou 2, consoante o subtipo de MODY. Dever-se-á suspeitar de diabetes tipo MODY em doentes tidos como diabéticos tipo 2 com início da doença em idades precoces e pesada carga familiar ou em doentes classificados de diabéticos tipo 1, mas controlados com baixas doses diárias de insulina ou com níveis de péptido C dosáveis.

Sabendo-se que a diabetes tipo MODY tem evoluções diferentes, consoante o subtipo em causa, a caracterização genética aumentará a informação relativa ao prognóstico. Além de permitir a estratificação quanto à probabilidade do desenvolvimento das complicações tardias da diabetes, a caracterização genética do subtipo de MODY em causa poderá ter implicações sobre o esquema terapêutico a adotar e sobre o grau de exigência relativo ao controlo metabólico.

O estudo genético dos restantes familiares (diabéticos ou não) permite a identificação dos membros da família em que a mutação está presente. Em membros da família em que a mutação esteja presente mas a diabetes não se tenha desenvolvido, sobretudo nos familiares em idades mais jovens, um maior incentivo à adoção de estilos de vida saudável poderia ter implicações em termos de retardamento no desenvolvimento da doença.

Diabetes LADA

Em um simpósio realizado no VI COPEM, o Dr. Lício Velloso, pesquisador da UNICAMP, abordou Diabetes tipo LADA, seus diagnóstico e tratamentos.
O diagnóstico do Diabetes tipo LADA deve ser feito para pacientes, em geral, entre 35 e 60 anos, magro e com cetose. O pesquisador explicou que o LADA é um surgimento tardio da Diabetes Mellitus do tipo 1 e atinge de 2 a 12% dos casos de DM, ou seja, 1,4 milhão de pacientes no Brasil. No caso de suspeita, o primeiro teste a ser feito é o de anticorpo GAD.

Antecedentes familiares devem ser levados em consideração. LADA na família é o principal antecedente familiar. Diabetes Mellitus tipo 1 clássico, doenças de Hashimoto e Graves são outros antecedentes que devem ser pesquisados.

Não há consenso na literatura médica para o tratamento do LADA. O principal objetivo no tratamento, de acordo com o Dr. Lício Velloso, é manter o controle glicêmico. Um aspecto importante é que o paciente com LADA tem uma progressão lenta para a insulino-dependência. Além disso, esses pacientes têm mais risco de complicações cardiovasculares.

Fonte: Portal do Diabetes

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