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Cientistas suíços trazem nova forma de tratar diabetes 2 em roedores

Uma pesquisa de cientistas do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em Zurique, traz um novo alvo para o tratamento de diabetes do tipo 2. A equipe liderada por Markus Stoffel descobriu dois pedaços de RNA – cadeias produzidas nas células a partir do DNA – que podem ser a causa do problema. Os testes foram conduzidos em ratos e os resultados da pesquisa são um dos destaques da edição desta semana da revista “Nature”.
Os cientistas suíços mostraram no artigo como duas fitas de RNA chamadas miRNA 103 e miRNA 107 bloqueiam um gene no corpo dos roedores que comanda a entrada e o armazenamento de glicose (açúcar) pelas células do fígado e de gordura.
A diabetes de tipo 2 aparece quando o corpo perde a capacidade de absorver e armazenar glicose (açúcar). Isso acontece por conta de uma resistência à insulina, substância que permite a entrada do açúcar dentro das células. Outra causa para a doença pode ser a falha das células-beta – localizadas nas ilhotas de Langerhans, estruturas do pâncreas responsáveis pela produção de hormônios -, que deixam de produzir a insulina em quantidade suficiente.
Em testes com ratos obesos, os cientistas usaram uma molécula chamada antagomir, que anulou o efeito negativo das duas fitas de RNA. Após a aplicação da substância, as células do fígado voltaram a reagir normalmente com a insulina. Como consequência, a absorção de açúcares aumentou, a quantidade de gordura nas células adiposas diminuiu e o pâncreas voltou a produzir insulina normalmente.
Contudo, os pesquisadores ressaltam que o tratamento funcionou em ratos que tinham diabetes recente. É necessário mais tempo – assim como mais pesquisas – antes de introduzir um tratamento com antagomires para humanos no mercado.

Fonte: Globo – G1

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