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Diabetes é considerada uma das grandes doenças do século

A especialista em endocrinologia, diabetes e metabologia, Manuela Sande, alertou em Malange que a diabetes mellitus tipo dois é considerada como uma das grandes epidemias do século XXI e, como tal, torna-se perigosa nos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento.
Ao intervir nas II Jornadas Científicas da Faculdade de Medicina de Malange, da Universidade Lueji Ankonda, Manuela Sande esclareceu que o crescimento e prevalência da doença são atribuídos ao envelhecimento populacional.
De igual modo, afirmou, a doença pode propagar-se devido ao estilo de vida actual, caracterizado por inactividade física e hábitos alimentares que predispõem ao acúmulo de gorduras.
Acrescentou que os doentes podem ter complicações crónicas, como macroangiopatia, retinopatia, nefropatia e neuropatias, que podem ser debilitantes.
Quando se atinge esse estágio, alertou a espacialista, o tratamento pode tornar-se muito oneroso para o sistema de saúde.
Disse que a doença cardiovascular é a primeira causa de mortalidade de indivíduos com diabetes mellitus tipo dois e a retinopatia a primeira causa de cegueira adquirida.
A nefropatia é uma das maiores responsáveis pelo ingresso a programas de diálise, enquanto que o pé diabético é a causa de amputações de membros inferiores, acrescentou.

A vice-ministra da Saúde, Evelize Frestas, que procedeo ao encerrramento do encontro, fez referência à redução da mortalidade materna e infantil e debruçou-se sobre os curriculos de formação médica e de enfermagem. Elevize Frestas falou ainda das questões relacionadas com as grandes endemias, que são a prioridade do sector da saúde. A vice-ministra da Saúde esclarece determinadas dúvidas apresentadas pelos enfermeiros, relativamente à promoção de funcionários e requisitos para a mudança de categoria.

Enfermeiros recebem carteira

No quadro das jornadas científicas, 101 enfermeiros da província de Malange receberam as carteiras profissionais, que os habilitam a exercer a profissão de forma oficial.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros de Angola, Maria ­Teresa Vicente, disse na ocasião que a entrega das primeiras carteiras profissionais a enfermeiros de Malange espelha a intenção da Ordem dos Enfermeiros de Angola em levar avante esse propósito pelo resto do país. Referiu que os enfermeiros têm contribuído na execução de programas, demonstrando as suas habilidades para o crescimento do sector sanitário.
Desta forma, referiu, os profissionais asseguram qualidade, profissionalismo, ética e respeito pelas comunidades, através do combate das grandes endemias.
Precisou que a prestação de serviços sanitários às comunidades exige profissionalismo, razão pela qual vêm sendo criados os comités de ética de enfermagem em todo o país.“Os comités de ética de enfermagem criados visam zelar pelo cumprimento dos deveres e direitos inerentes ao Executivo, dos profissionais de enfermagem”, frisou.Acrescentou que as acções educativas, consultivas e fiscalizadoras do cumprimento dos preceitos éticos partem dos respectivos profissionais. Referiu que recaem grandes responsabilidades sobre os técnicos sanitários para garantir o bem-estar e a saúde às populações.
“Daí que é imperiosa a formação, capacidade técnica, dedicação, bom atendimento e atenção aos pacientes”, sublinhou.
“A enfermagem é uma profissão comprometida com a vida e o grande desafio é transformar o meio, a ponto de favorecer as mudanças comportamentais necessárias aos profissionais, para que compreendam o ser humano”, expressou.

Reconhecimento

A directora provincial da Saúde de Malange, Laurinda Kipungo, precisou que a entrega das carteiras profissionais demonstra o reconhecimento do empenho dos beneficiários no exercício das suas funções. Apelou aos demais quadros do sector para trabalharem afincadamente, a fim de serem distinguidos, sublinhando que é intenção da ordem que todos os quadros sejam filiados e tenham uma carteira profissional.
“No futuro, só exerce a profissão os técnicos inscritos na ordem e que ostentem a carteira”, alertou.
O encontro contou com a participação de vários académicos, especialistas de diversas áreas da saúde,governantes e estudantes.

Fonte: Jornal de Angola

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