É o que indica um estudo publicado no periódico European Journal of Applied Physiology. Segundo dados da pesquisa, após seis semanas de atividades físicas altamente intensas, houve uma melhora de 28% nas funções da insulina (hormônio que atua no metabolismo dos açúcares).
O diabetes tipo 2 ocorre quando os níveis de açúcar no sangue se elevam a níveis perigosos, devido à deficiência nas funções da insulina. Geralmente, isso é causado por uma vida sedentária. A condição pode causar complicações no coração, rins, olhos e membros, chegando a colocar a vida do paciente em risco.
Exercícios regulares ajudam a manter baixos os níveis de açúcar no sangue. “Nossos músculos têm reservatórios de açúcar, que são usados durante os exercícios”, diz Niels Vollaard, coordenador do estudo. Segundo ele, para repor esse estoque depois dos exercícios, o músculo retira açúcar do sangue. Mas, em pessoas sedentárias, há uma menor necessidade muscular dessa reposição. “Isso pode levar a uma baixa sensibilidade à insulina, alto índices de açúcar no sangue e, eventualmente, ao diabetes 2”, diz.
Treino – Estudos anteriores já haviam demonstrado que exercícios intensos e de velocidade melhoravam a sensibilidade à insulina. “Nós queríamos descobrir, no entanto, se esse exercício poderia ser feito de maneira mais fácil e curta”, diz Vollaard. Assim, durante as etapas do estudo a resistência das bicicletas poderia ser facilmente aumentada pelos voluntários, fazendo com que eles se exercitassem em intensidades maiores. Com aquecimento e resfriamento necessários, o tempo de cada sessão durou 10 minutos.
“Esses treinos de velocidade intensa quebram o mesmo tanto de glicogênio em 20 segundos que exercícios moderados de uma hora”, diz o especialista. “Isso é completamente novo. Ninguém havia descoberto um programa tão fácil e curto com tamanho benefício.” O programa de exercícios, no entanto, não serve para o emagrecimento, já que é muito curto para queimar calorias o suficiente.
Fonte: Veja – Abril