O motivo do aumento na mortalidade de mulheres em decorrência de infarto se deve às diferenças entre o coração delas e dos homens. Os estudos realizados em Framinghan, nos Estados Unidos, revelaram ao longo dos anos que a frequência cardíaca das mulheres é 10% mais rápida, a flexibilidade das artérias é 20% maior, o calibre das artérias 15% menor e que elas têm maior predisposição a formar placas de gorduras nas artérias, o que dificulta diagnóstico de doenças cardíacas, cada vez mais comuns no público feminino. Além disso, as lesões nos corações das mulheres são mais graves do que as verificadas nos corações dos homens.
O cardiologista Marco Aurélio de Almeida alerta que enquanto 90% dos homens com infarto sentem sintomas claros e intensos, como dor no peito e nos braços, vômito e suor excessivo, 70% das mulheres que sofrem infarto apresentam sintomas – como dor nas costas, queimação no estômago e náuseas – que podem ser confundidos com outros problemas.
Além disso, a influência de fatores de risco é bem maior entre as mulheres do que entre os homens. Diabetes e hipertensão oferecem riscos cinco vezes maiores de provocarem doenças cardiovasculares na mulher do que no homem. Nesse mesmo sentido, tabagismo e obesidade oferecem quatro vezes mais riscos às mulheres, enquanto as depressivas têm três vezes mais problemas do coração do que homens com a mesma doença.
Há ainda ameaças específicas ao sexo feminino, como a menopausa e o uso contínuo da pílula anticoncepcional.
Fonte: JM Online