O prefixo hipo significa: pouco, escassez. Portanto hipotireoidismo significa queda dos hormônios da tireóide, mais especificamente T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Os sintomas do hipotireóidismo são diversos:
– Cansaço;
– Depressão;
– Pele ressecada;
– Cabelos ásperos e com quedas;
– Unhas quebradiças;
– Constipação intestinal (prisão de ventre);
– Anemia;
– Perda do apetite;
– Aumento de peso;
– Tornozelos e rosto inchados;
– Colesterol elevado;
– Pressão baixa;
– Desaceleração dos batimentos cardíacos;
– Menstruação irregular;
– Falhas de memória;
A incidência desta disfunção da tireóide é maior em mulheres (principalmente acima dos 40 anos ou 6 meses após o parto), homens acima dos 65 anos, pessoas com colesterol alto, pessoas que já tiveram disfunção da tireóide ou apresentam histórico familiar de hipo ou hipertireoidismo, diabetes tipo I, lúpus e artrite reumatóide, pessoas que foram submetidas a tratamento de radioterapia (cabeça e pescoço), em pessoas com depressão ou doença do pânico, doença celíaca, gastrite crônica, insuficiência pancreática, síndrome do intestino curto ou doença intestinal inflamatória, pacientes que fazem o uso constante de alguns medicamentos (ex: omeprazol), indivíduos que apresentam deficiências ou excessos de determinados nutrientes alimentares, pessoas que não tomam sol ou apresentam deficiência de vitamina D e pessoas que tiveram deficiências nutricionais durante a gestação.
Os exames que podem ajudar no diagnóstico são: TSH; T4 livre; T3 livre; Anti-TPO (anticorpos contra a tireóide); Anti-TG; TRH; Urina 24h para o T3 livre (para o caso de difícil diagnóstico); Em recém nascidos Teste do pezinho;
A alimentação pode tanto contribuir, como prejudicar o quadro, e para que isso não aconteça, atenção especial a alguns nutrientes que devem ser evitados ou consumidos com moderação:
– Cloro: está relacionado ao bloqueio de iodo na tireóide. Evite água clorada- água da torneira (até mesmo para o cozimento dos alimentos) e alguns adoçantes (sucralose).
– Soja: contém flavonóides e ácido fítico, que prejudicam o funcionamento da tireóide e a absorção de minerais (zinco, cálcio e magnésio). Evite: leite e suco a base de soja, salsicha, peito de peru, hambúrguer e outros produtos que contenham soja (presente atenção na rotulagem nutricional).
– Açúcar e alimentos refinados: esses alimentos aumentam muito a insulina, que tem alta relação com a disfunção da tireóide. Evite alimentos refinados como: pães, arroz, farinhas brancas, açúcar e doces em geral.
– Glicosinolatos: essa substância está presente em algumas verduras cruas e pode interferir negativamente. Prefira consumir o repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor e espinafre cozidos.
– Glúten: pode prejudicar o bom funcionamento da tireóide. Evite aveia, cevada e trigo.
– Café: pode prejudicar a absorção do medicamento. Evite-o próximo ao horário da medicação.
Tão importante quanto controlar o consumo destes alimentos é incluir os nutrientes que podem melhorar o bom funcionamento da tireóide, lembrando que um nutricionista poderá lhe orientar quais as melhores opções, não somente visando os alimentos fontes de tais nutrientes, mas também os alimentos que apresentam acima de tudo uma boa biodisponibilidade e melhor absorção, fundamental para a melhora do quadro.
– O Iodo é fundamental para produção dos hormônios tireoidianos, mas o seu excesso pode ser prejudicial.
– Vitamina A é necessária para uma boa absorção do iodo.
– Vitaminas do complexo B ajudam o iodo na produção hormonal.
– Fibras evitam o aumento brusco de açúcar no sangue, evitando a ativação da insulina, além de estarem associadas a alimentos fontes de magnésio e outros nutrientes.
– Selênio é essencial para a conversão de T4 para T3.
– Aumente também o consumo de alimentos ricos em cálcio, Omega-3, gorduras poliinsaturadas (“boas”) e vitamina D.
Além de exercícios físicos que aumentam a produção de T3.
Fonte: A Nutricionista