Todos os centros de saúde e unidades de saúde familiares (USF) vão passar a disponibilizar consultas para diabéticos, no máximo a partir de 15 de Abril, avança o Ministério da Saúde ao Diário de Notícias. O objetivo é evitar complicações da doença poupando, ao mesmo tempo, dinheiro ao Serviço Nacional de Saúde.
O novo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes aprovado pelo Governo passa a integrar o Plano Nacional de Saúde e destina-se a ser aplicado pelos profissionais de saúde nos centros de saúde, hospitais, unidades prestadoras de cuidados continuados e serviços contratualizados, diz o site da Direção-Geral de Saúde (DGS).
Este serviço médico vai estar disponível uma vez por semana, durante duas a três horas, e contar ainda com o apoio de enfermagem. Estas consultas vão ainda permitir aproximar os hospitais dos centros de saúde.
Assim os médicos vão ter a possibilidade de acompanhar os casos clínicos e tomar melhores decisões para os doentes, ”Um doente compensado e com complicações evitadas tem menos custos para o sistema de saúde”, diz José Manuel Boavida, coordenador do Plano Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes (PNPCD).
Consultas isentas de pagamento
O Ministério da Saúde diz ainda que estas consultas serão isentas de pagamento, segundo o DN. As consultas de diabetes já integram a circular normativa emitida pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) que estipula os casos em que há dispensa de cobrança de taxas moderadoras. Também os exames na área da diabetes – nos centros de saúde e hospitais – vão ser gratuitos.
O memorando de entendimento da Troika defende a mobilidade de profissionais de hospitais para os centros de saúde, bem como a aposta em enfermeiros para prestar alguns cuidados antes de médicos. “Esta questão também está relacionada com a necessidade de transferência de cuidados hospitalares para serviços de maior proximidade”, afirma Boavida.
Em Portugal há, pelo menos, um milhão de diabéticos, de acordo com o PNPCD. Devidamente tratada, esta doença não impede o doente de ter uma vida normal e autónoma. Contudo, é fundamental que o diabético consiga controlar a sua doença, avisa a página da Direção-Geral de Saúde dedicada à diabetes.