Diabetes Mellitus foi o tema da Audiência Pública realizada na manhã de quinta-feira, 01, na Assembleia Legislativa, por solicitação do Deputado Estadual Zezé Nunes (PV), atual presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente da AL/AP. O encontro contou com a presença dos presidentes do Conselho Estadual de Saúde, Roberto Bauer; da Associação de Diabéticos e Hipertensos do Amapá, Hélio Rangel e da Coordenadora do Estadual da Área Técnica da Saúde da Pessoa Idosa, além deputados estaduais e especialistas da área da saúde.
Ao abrir os trabalhos o presidente da mesa Deputado Zezé Nunes agradeceu a presença das autoridades e especialistas da área da saúde, e ainda reafirmou a importância do encontro que tratou sobre Diabetes. “Diabetes é uma doença crônica e perigosa que age silenciosamente e precisa de cuidados especiais”, enfatizou Zezé Nunes.
O objetivo do encontro foi discutir o Programa de Promoção da Saúde da Pessoa com Diabetes Mellitus, que vem sendo experimentado pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), desde 2007, bem como o Projeto de Lei de autoria do Deputado Zezé Nunes, que autoriza o Poder Executivo a criar o Centro de Referencia de Hipertensão e Diabetes do Amapá (CRHDAP).
Na oportunidade houve testes de diabetes, onde as pessoas tiveram conhecimento dos níveis de glicose no sangue. Pelo menos 120 pessoas fizeram o teste. O serviço foi realizado pelos profissionais da Divisão de Saúde da Assembleia Legislativa.
O deputado Dalto Martins (PMDB) parabenizou a iniciativa do deputado e reafirmou seu apoio na luta contra Diabetes. O deputado Jaci Amanajás (PPS), atual presidente da Comissão de Saúde da AL/AL, disse que existem programas do Governo Federal para investir no tratamento de pessoas com Diabetes “è preciso que haja uma junção entres os governos para resolver o problema da Diabete”, afirmou.
De acordo com a doutora Liudmila Miyar Otero, 366 milhões de pessoas no mundo têm Diabetes. No Brasil, a doença atinge 10 milhões de pessoas, e a incidência aumenta em adultos e adolescentes, tendo como principal causa o crescente aumento de peso. “Diabetes é 4ª causa de morte no país, por isso é considerado um problema de saúde pública. Tenho certeza que a partir desta discussão teremos apoio e alternativas para tratar dos pacientes com diabetes”, concluiu Otero.
Dona Maria de Fátima Santos Castelo Branco, 58 anos, há 20 anos descobriu que é diabética, ela diz que leva uma vida normal, mas há limites em muitas coisas, principalmente na alimentação e segue um rigoroso controle da medicação. “Minha maior preocupação são as complicações que podem levar a perda de membro em decorrência da doença”, esclareceu Maria de Fátima.
Segundo o Ministério da Saúde, 50% dos brasileiros sequer sabem que são diabéticos. A doença aumenta 3 a 5 vezes o risco de complicações cardiovasculares (infarto e isquemia cerebral) e é a 1ª causa de falência renal, cegueira, amputação e disfunção erétil.
Fonte: CorreaNeto