Não é a primeira vez que uma pesquisa aborda os benefícios do casamento. Agora, inclua à lista que já tem maior longevidade, menos estresse e um menor risco de doença cardíaca, diabetes e depressão uma melhor taxa de sobrevivência após cirurgias cardíacas.
O estudo incluiu 225 pessoas que fizeram cirurgia de ponte de safena entre 1987 e 1990. Os pesquisadores perguntaram aos pacientes sobre seu estado civil no dia anterior a sua cirurgia, e pediram que medissem a sua satisfação no casamento um ano depois.
No geral, as pessoas casadas que passaram por cirurgia de revascularização do miocárdio tinham 2,5 vezes mais chances de estarem vivas 15 anos mais tarde do que as pessoas não casadas. Mais: casamentos felizes se saíram melhor do que casamentos infelizes.
Apenas 36% dos homens solteiros estavam vivos 15 anos após a cirurgia. 83% dos homens que disseram que estavam muito satisfeitos com o casamento sobreviveram. Mesmo entre aqueles que disseram que seus casamentos não eram tão maravilhosos assim, 60% ainda estavam vivos.
No entanto, apenas os homens se beneficiavam do casamento, independentemente dele ser bom ou ruim (embora os mais felizes fossem ainda mais protetores). As mulheres não tiveram a mesma sorte.
Embora os pesquisadores tenham visto efeito semelhante nas mulheres casadas, em última análise elas não tinham vantagem de sobrevivência sobre mulheres solteiras. No entanto, o estudo pode simplesmente não ter tido número suficiente de mulheres – 52 contra 173 homens – para ver o efeito.
“O benefício de sobrevivência, pelo menos de um bom casamento, provavelmente será o mesmo para mulheres e homens”, diz a principal autora do estudo, Kathleen B. King.
E porque o casamento apresenta tantas vantagens para a saúde? As pessoas casadas tendem a ter mais apoio ao fazer mudanças de estilo de vida, como comer melhor e se exercitar, e podem experimentar menos estresse.
Além disso, as regalias de saúde poderiam ser ampliadas para as pessoas que tem um casamento feliz. “Elas são mais propensas a seguir os conselhos de seu parceiro, e a ter uma razão para viver”, conta King.
Na verdade, o estado civil foi um melhor preditor de sobrevida a longo prazo após a cirurgia do que os tradicionais fatores de risco de doenças cardíacas, como tabagismo, pressão arterial elevada, diabetes e ataques cardíacos anteriores. E, segundo a pesquisadora, o benefício pode ser verdade para qualquer um em um relacionamento de longo prazo, seja casamento ou não.
O que ela não sabe explicar ainda é porque as mulheres não veem tanto beneficio. “Eu acho que para os homens, apenas ter alguém por perto é importante. Porém, a literatura sugere que o componente emocional de um casamento é mais importante para as mulheres”, diz King.
É possível que as mulheres tenham menos a ganhar com o casamento porque tendem a ter redes de apoio maiores do que os homens.
Também, os aspectos benéficos do casamento podem ser diferentes para pessoas diferentes. Por exemplo, em aposentados, o aspecto mais positivo de ter um cônjuge pode ser que ele os ajuda a sair da casa e socializar.
Fonte: Hype Science