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Sintomas “silenciosos” podem esconder diabetes na gravidez

Cerca de 7% das gestantes desenvolvem diabetes na gravidez, de acordo com o Ministério da Saúde. Tanto o médico quanto a gestante devem ficar atentos em relação aos sinais “silenciosos”. Os sintomas do diabetes gestacional geralmente são confundidos com os da gravidez.

Aumento de apetite, fraqueza, vômitos freqüentes, náuseas, infecções por fungos, visão turva e maior quantidade de urina — comuns na gestação — podem ser um indicativo da doença. Para tirar a dúvida, a gestante deve fazer um exame de glicemia ainda no início da gravidez.

— Se o resultado desse exame for maior do que 86, é preciso acompanhar o aspecto glicêmico mais de perto durante a gestação — afirma o ginecologista e obstetra José Bento.

Durante a gravidez, o organismo feminino se depara com uma condição especial: a placenta produz uma substância que interfere na ação da insulina, o hormônio responsável pela colocação da glicose dentro das células de nosso organismo.

— Em condições normais, o organismo da gestante passa a produzir mais insulina para dar conta do excesso de açúcar que vai acumulando no sangue. No caso das mulheres que apresentam diabetes gestacional, a quantidade de glicose no sangue é maior que o normal e atravessa a placenta — esclarece o médico.

Controle

Com o diagnóstico positivo, a mãe deve ter cuidados especiais para manter a doença sob controle. O primeiro passo é aderir a uma dieta restritiva: zero de açúcar e pouco carboidrato. O segundo passo é monitorar a glicose no sangue para garantir a saúde da mãe e do bebê. Se a taxa de glicose não diminuir, é preciso fazer aplicações de insulina durante a gestação.

De acordo com o médico, a doença geralmente desaparece depois do parto, mas até 40% das mulheres que passaram pelo problema desenvolverão diabetes tipo 2 num prazo de 10 anos.

Consequências

Os bebês de mulheres com diabetes podem ser mais pesados e com saúde fragilizada. A criança também podem desenvolver problemas respiratórios, apresentar excesso de insulina e hipoglicemia — consequentemente, são mais propensos a serem diagnosticados com diabetes tipo 2 no futuro.

Prevenção

Obesidade, casos da doença em família, partos anteriores de bebês com mais de 4 quilos e histórico de abortos espontâneos são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes gestacional.

Para prevenir, as atividades físicas devem ser incluídas na rotina da gestante, sempre sob a supervisão do médico. A prática de exercícios físicos é importante, pois colabora para a redução dos níveis de glicemia no sangue e melhora a ação da insulina.

A diminuição da ingestão de doces e carboidratos também ajudam na prevenção da doença.

Fonte: Zero Hora

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