Você sabia que nem toda gordura faz mal à saúde?
Pois existe um grupo de gorduras, conhecidas como ômega 3, que não só não prejudica, como ajuda no funcionamento do corpo humano.
O Diário do Nordeste Online, através da TV DN, entrevistou um dos maiores especialistas do País, nesse tipo de composto nutricional.
O farmacêutico paulista Henry Okigami, especialista em farmácia hospitalar, fitoterapia e homeoterapia, visitou Fortaleza na semana passada e passou nos estúdios da nossa webtv para dar também outras dicas sobre alimentação saudável.
Okigami ressalta que os principais benefícios do consumo do ômega 3 são “para o coração, para o cérebro e para a criança que está em desenvolvimento no útero da mãe.”
Ele destaca ainda que estudos vem demonstrando que o consumo desse tipo de gordura “é associado à perda de peso e à diminuição de risco de morte cardíaca, por exemplo. Então é uma gordura especial que nós sabemos hoje que precisamos ingerir em maior quantidade e armazenar em nosso corpo”.
Outra vantagem do consumo do ômega 3, de acordo com o especialista é o “controle da inflamação. Pessoas que consomem ômega 3 têm menos problemas com inflamação e tem estudos até mostrando benefícios em doenças reumáticas, como a artrite”.
Onde encontrá-lo
Mas o que pode ser feito para aumentar o consumo desse composto? De acordo com o farmacêutico, o ômega 3 está muito concentrado nos vegetais e nos peixes de origem marinha, principalmente os de regiões onde a água é fria e os que vivem em uma zona mais profunda.”
Para Okigami, o problema é que o brasileiro está culturalmente pouco habituado a consumir peixe na quantidade indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 12 quilos por ano, ou pouco mais de 30 gramas por dia.
Colesterol bom e ruim
No entanto, o especialista não recomenda que se deixe de comer carne vermelha, apenas que seja feito um equilíbrio entre o consumo de gorduras saturadas e insaturadas, bem como se busque controlar a proporção dos chamados bom e mau colesterol (HDL e LDL, respectivamente).
“O colesterol é considerado o vilão da doença cardíaca. Só que o mais importante quanto ao colesterol é o que nós produzimos. Nós podemos ter dois tipos de colesterol, o que nós ingerimos e o que nós produzimos no nosso corpo. O mais perigoso é o que nós produzimos”, alerta Okigami.
O farmacêutico destaca que entre os principais riscos da alta concentração do colesterol ruim está a “arteriosclerose, que pode culminar inclusive num infarto.”
Porque estamos engordando tanto?
Henry Okigami também abordou na entrevista à TV DN, o problema da epidemia de obesidade. Para ele, a mistura de fatores biológicos da nossa espécie e fatores culturais estão associados ao aumento no número de pessoas acima do peso. Estima-se que 300 milhões, no mundo, estejam obesas.
“O ser humano foi selecionado para ingerir alimento na medida em que encontra. Antigamente, por exemplo, a gente não encontrava alimento fácil como hoje. Você vai em qualquer lugar e tem um docinho para você consumir e é um carboidrato que é facilmente absorvido e está bem disponível”, explica.
A falta de exercícios também agrava o problema, de acordo com o especialista. “Antigamente para gente comer tinha que correr, cavucar, subir numa árvore e hoje não. Hoje você levanta do sofá vai na prateleira do seu armário e pega alguma coisa para comer.”
Suplementos: separando o joio e o trigo
Outro tema polêmico, abordado pelo farmacêutico, foi a questão dos medicamentos naturais e dos suplementos nutricionais. Para Okigami ainda há muito preconceito por parte da comunidade científica e falta de informação entre o público leigo, mas o importante é ficar atento à origem desse tipo de produto.
“Todo medicamento, todo suplemento tem de ter registro, se você olha o número dele e não tem registro já tem que ficar com o pé atrás. O suplemento tem que ter também o responsável técnico por trás e a empresa tem que ter um SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para orientar você”, orienta Okigami.
O especialista destacou, por fim, a importância de evitar o excesso de medicação e manter uma alimentação natural. “A minha sugestão é optar por coisa mais naturais. Eu, por exemplo, tento não usar medicamentos, ao máximo. Só uso quando não tenho como não usar. Eu prefiro usar suplementos e controlar a dieta.
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Fonte: Diário do Nordeste