A obesidade tem alcançado proporções epidêmicas e já representa um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Atualmente existe uma série de projetos tramitando no Congresso Nacional que visam garantir acesso à prevenção, tratamento clínico e cirúrgico para esses pacientes.
O deputado federal Marçal Filho tem acompanhado cada uma das discussões e lutado por quem sofre com o sobrepeso.
O parlamentar explica que a cirurgia bariátrica (redução do estômago), que hoje é realizada gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS), já é uma conquista, no entanto, é apenas um dos desafios para esses pacientes.
“O caminho é muito longo para se ver totalmente livre do problema. A fila de espera para esta cirurgia é muito grande e os passos para a realização dela, complexos. Muitos pacientes morrem durante o pré-operatório. Isso porque a obesidade mórbida gera outras doenças e o organismo de alguns não resiste ao tratamento por já estar debilitado”, salienta o deputado que defende a ampliação do número de cirurgias bariátricas gratuitas, nos hospitais do Brasil.
Marçal ressalta que estudos na área da medicina já comprovaram que o excesso de massa corporal é um fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, formação de cálculos biliares, infertilidade, doenças nos ossos e músculos, complicações respiratórias e até alguns tipos de câncer. “Esse é um assunto que precisa ser tratado com total seriedade dentro da Câmara Federal, porque o que está em jogo são a saúde e a vida de muitos brasileiros”, relata.
Além da luta para conseguir a cirurgia bariátrica, o deputado afirma que os obesos mórbidos sofrem também com problemas psicológicos graves por conta de discriminação e também de constrangimento por não terem acesso a alguns locais que não estão devidamente adaptados para atendê-los.
“Não são todos os lugares que estão preparados para atender essa clientela. Um exemplo são companhias aéreas e viárias que não dispõem de poltronas especiais e a pessoa obesa é constrangida por ter que comprar uma passagem a mais para ocupar dois assentos. São pessoas que sofrem sim muita discriminação e isso precisa ser combatido”, enfatiza o parlamentar.
Marçal alerta que a Lei da Acessibilidade não vem sendo cumprida no Brasil, até mesmo pelos órgãos públicos. “Só quem passa por esse tipo de situação sabe a dor do constrangimento de não poder freqüentar um determinado estabelecimento com os amigos, por este não dispor de cadeiras especiais, rampa de acesso, vaso sanitário com reforço e apoio lateral para os braços. Essa é uma lei que tem por objetivo atender todas as pessoas com necessidades especiais e isso inclui também quem sofre de obesidade mórbida”, declara.
O deputado explica ainda que apóia o Projeto de Lei 4.299/09 que dispensa pacientes com obesidade grave ou mórbida da espera em fila de lojas, bancos ou de órgãos públicos, recebendo assim atendimento prioritário como grávidas, idosos, deficientes e pessoas com criança de colo.
“É uma reivindicação justa porque a maioria dos obesos enfrenta dificuldades para caminhar por longas distâncias e, principalmente, para ficar em pé por muito tempo. O excesso de peso causa desconforto, inchaço nos pés, além de dores nas pernas e na coluna”, conclui Marçal Filho.
Fonte: Aquidauana