O Diabetes Mellitus é uma das mais prevalentes doenças clínico-metabólicas do mundo. Em nosso país, cerca de 8 a 9% da população apresentam a doença, o que corresponde a preocupante problema de saúde pública, pois o não adequado controle da glicemia resulta em importantes complicações sistêmicas.
O diabetes é subdividido em dois grandes grupos: tipo 1 e tipo 2. O tipo 1 acomete, em especial, crianças e jovens, necessitando a reposição diária e contínua de insulina subcutânea, pois as células beta do pâncreas (responsáveis pela secreção deste hormônio) são destruídas por um processo autoimune. O tipo 2 geralmente inicia-se na vida adulta, e em cerca de 80% associa-se a sobrepeso ou obesidade, e tem um rico componente hereditário e familial. Neste grupo, a terapêutica inicial é farmacológica, com o uso de hipoglicemiantes orais. Num pequeno percentual deste grupo(tipo 2), há também a necessidade da insulina.
O diabetes e suas complicações estão em ascensão na sociedade moderna. Assim, a perda da acuidade visual, a microangiopatia com isquemia de vários órgãos, as nefropatias com insuficiência renal e as neuropatias constituem complicações temidas, embora evitáveis, com a monitorização responsável dos níveis glicêmicos e da hemoglobina glicada, atitudes que propiciam boa qualidade de vida, sem significativa redução da sobrevida.
O exercício físico frequente e orientado, associado à manutenção do peso corporal adequado, à dieta balanceada e pobre em gorduras e carboidratos, ao uso de insulinas modernas e hipoglicemiantes orais são os principais aliados no controle da doença.
Também importante é nos tornarmos parceiros de nossas necessidades, sem nos culparmos por estas mazelas, que passam a se tornar parte da nossa própria história.
Fonte: Jornal do Brasil