As principais perguntas sobre diabetes entre as centenas que chegaram nesta quarta-feira (28) foram respondidas pelo endocrinologista Alfredo Halpern logo após o Bem Estar.
Ele diferenciou resistência à insulina de diabetes. O tipo 2 é uma consequência dessa resistência e da falência do pâncreas em produzir o hormônio.
Segundo o médico, não existe pré-diabetes no tipo 1, que geralmente acontece de uma hora para a outra, sobretudo em jovens. Se a glicemia em jejum da pessoa estiver entre 100 e 126 mg/dl, é considerada pré-diabetes.
A glicemia no sangue aumenta com a idade, destacou o especialista. A diabetes tipo 1 e 2 e o hipertireoidismo costumam dar muita fome, porque alteram o metabolismo (no primeiro caso, a ação da insulina). Por conta disso, alguns remédios que controlam a diabetes também melhoram a saciedade e o sobrepeso. Esses medicamentos, em geral, são de uso contínuo (via oral ou injetável), disse Halpern.
Mulheres com diabetes precisam tomar mais cuidado na gravidez, para evitar problemas futuros para a criança. No caso da doença gestacional (tipo 2), há exames específicos para detectar o problema – em geral, entre a 24ª e a 28ª semana –, pois não há sintomas aparentes. A mulher precisa controlar bem a glicemia nesse período e também depois, já que pode ter uma maior propensão à doença mais tarde.
Com a epidemia de obesidade atual, crescem os casos de crianças com diabetes tipo 2. Indivíduos com a doença descompensada ou problemas de enervação ou irrigação sanguínea podem eventualmente ter dificuldade de cicatrização, mas isso não é comum, de acordo com o médico.
Diabetes mal controlada é uma das grandes causas de impotência, porque pode alterar a artéria que irriga o pênis e o nervo responsável pela ereção. A doença também pode dar tremedeiras se houver uma queda brusca de açúcar.
Quadros psicológicos ou psiquiátricos, como depressão, ansiedade ou estresse, podem favorecer a diabetes. O endocrinologista afirmou, ainda, que remédios para diabetes tomados para emagrecer não desencadeiam a doença.
Via de regra, diabetes não tem cura, mas controle. Apesar disso, alguns pacientes fazem cirurgia bariátrica ou metabólica e têm uma regressão da doença.
Fonte: Bem Estar